Revista Brasileira de
Engenharia Agrícola e Ambiental
v.17, n.1, p.33–39, 2013
Campina Grande, PB, UAEA/UFCG – http://www.agriambi.com.br
Protocolo 016.12 – 01/02/2012 • Aprovado em 05/10/2012
Qualidade de Organossolo sob diferentes usos antrópicos
em áreas de preservação permanente no Distrito Federal1
Luciano N. de A. e Moura2
, Marilusa P. C. Lacerda2
& Maria L. G. Ramos2
RESUMO
O uso e a ocupação das terras devem ser planejados de forma racional a fim de evitar impactos ambientais
negativos nos recursos naturais, particularmente em áreas ambientalmente protegidas por lei. O objetivo deste
trabalho foi avaliar atributos de qualidade dos solos em áreas de preservação permanente da Microbacia do
Ribeirão do Gama, Distrito Federal, Brasil, para verificar o efeito do uso antrópico. Foram avaliados atributos
físicos, químicos e biológicos de qualidade de organossolos em cinco áreas de uso e ocupação diversificada
das terras: três áreas cultivadas (hortaliças, eucalipto e mandioca) e duas áreas preservadas (pastagem nativa
e mata de galeria). As amostras de solo foram coletadas nas camadas de 0-10 e 10-20 cm. Os dados obtidos
pelas análises físicas, químicas e biológicas dos solos foram avaliados estatisticamente por meio do software
Sisvar 4.6. Os resultados obtidos mostraram influência dos usos e ocupações diferentes das terras em relação
aos atributos de qualidade dos solos. O manejo dos solos adotado nessas áreas foi considerado o principal
fator de alteração dos atributos físicos, químicos e biológicos, destacando-se a compactação dos solos sob
áreas de vegetação nativa e diminuição da matéria orgânica nos solos em sistemas cultivados.
Palavras-chave: manejo do solo, atributos físicos, atributos químicos, atributos biológicos, Ribeirão do Gama
Quality of Histosol under different on anthropic uses
in permanent preservation areas in the Distrito Federal
ABSTRACT
The use and occupation of soil should be planned in a rational way to avoid negative environmental
impacts on natural resources, particularly in areas environmentally protected by law. This study aimed to
evaluate quality attributes of soil in permanent preservation areas of a Ribeirão do Gama Watershed, Distrito
Federal, Brazil, to verify the influence of anthropic use. The physical, chemical and biological attributes
of Histosol quality were assessed in five areas of diversified use and soil occupation: three areas under
cultivation (vegetables, eucalyptus and cassava) and two preserved areas (native pasture and gallery forest).
Soil samples were collected in 0-10 and 10-20 cm depth. The data obtained for physical, chemical and
biological analysis of the soils were statistically evaluated using the Sisvar 4.6 software. The results obtained
showed the influence of different uses and soil occupation in relation to the attributes of soil quality. The
adopted management in these areas was considered the main factor of change in the physical, chemical
and biological attributes, highlighting the compaction of soils under native vegetation and decrease of
organic matter in the soils under cultivated systems.
Key words: soil management, physical attributes, chemical attributes, biological attributes, Ribeirão do Gama
Revista Brasileira de
Engenharia Agrícola e Ambiental
v.17, n.1, p.33–39, 2013
Campina Grande, PB, UAEA/UFCG – http://www.agriambi.com.br
Protocolo 016.12 – 01/02/2012 • Aprovado em 05/10/2012
34 Luciano N. de A. e Moura et al.
R. Bras. Eng. Agríc. Ambiental, v.17, n.1, p.33–39, 2013.
Introdução
O aumento das áreas ocupadas pelas atividades agropecuárias
ocorre, muitas vezes, sem planejamento adequado de uso e
manejo das terras, desrespeitando o Código Florestal vigente,
com desmatamento descontrolado e ocupação de áreas de
preservação ambiental. Apesar dos seus esforços, os órgãos
fiscalizadores não têm sido suficientes para conter o processo
de ocupação desordenada e degradação ambiental, que afetam
a qualidade dos solos e dos corpos d’água.
Entre as áreas de preservação ambiental desrespeitadas pelas
atividades agropecuárias se destacam as Áreas de Preservação
Permanente – APP’s (Art. 2º da Lei 4.771/1965 do Código
Florestal (Brasil, 1965) que são áreas com funções específicas
de proteção aos cursos d’água, lagoas, lagos ou reservatórios,
naturais ou artificiais, que sofrem diretamente os efeitos do
uso e a ocupação desordenada das terras. A ocupação dessas
áreas provoca, com a retirada da vegetação nativa, efeitos
negativos sobre o ecossistema e seus recursos naturais, podendo
desencadear impermeabilização do solo e processos erosivos
com consequente assoreamento e poluição dos mananciais,
conforme constatado por vários pesquisadores, citando-se
Nishi et al. (2010).
A degradação ambiental em APP’s ocupadas por usos
diversificados pode ser realizada por meio de avaliação da
qualidade dos solos. Para Karlen et al. (1997) qualidade do solo
(QS) é definida como a capacidade do solo em desempenhar
sua função dentro dos limites dos ecossistemas naturais ou
cultivados para suportar plantas e animais, resistir à erosão
e reduzir impactos negativos associados aos recursos água e
ar. Segundo esses autores, a QS pode ser medida por meio da
quantificação de alguns atributos dos solos, ou seja, de suas
propriedades físicas, químicas e biológicas, o que possibilita o
monitoramento de mudanças, a médio e longo prazos, no estado
de qualidade desses solos.
A mudança da vegetação natural para sistemas de exploração
agropecuária provoca alterações profundas nos atributos do solo
e a avaliação da QS fornece subsídios para o diagnóstico do
grau de desequilíbrio ambiental. Neste contexto, a QS tem sido
utilizada para avaliar o manejo dos solos em vários sistemas
de cultivo agrícola, assim como em áreas de vegetação nativa
convertida em usos antrópicos diversificados (Carneiro et al.,
2009)
Seguindo a tendência de desenvolvimento do Brasil, o
Distrito Federal (DF) vem sofrendo, nos últimos anos, uma
ampliação de áreas destinadas para uso agropecuário, além de
intenso processo de urbanização com a ocupação desordenada
das terras e o uso impróprio de áreas legalmente preservadas.
As APPs estão sendo suprimidas pelo uso urbano e rural
prejudicando o equilíbrio ambiental e as condições necessárias
para a manutenção da qualidade do solo e dos seres vivos.
Diante deste cenário observado no DF, particularmente
na ocupação irracional das APP’s, torna-se necessário avaliar
o efeito do uso e a ocupação inadequada das terras em cujas
áreas podem provocar desequilíbrio ambiental. Assim, o
objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade dos solos sob
uso diversificado nas áreas de preservação permanente da
Microbacia do Ribeirão do Gama, Brasília, DF, a fim de fornecer
dados para diagnosticar o impacto ambiental provocado pela
ocupação antrópica.
Material e métodos
Este trabalho foi realizado nas áreas de preservação
permanente do terço médio do leito Ribeirão do Gama,
englobando o Núcleo Rural Vargem Bonita (NRVB) e a
Fazenda Água Limpa da Universidade de Brasília (FAL/UnB)
em Brasília, DF, em cinco áreas com diferentes usos cujos
pontos amostrais foram georreferenciados com GPS Garmin
MAP60CSX, plotados no mapa de localização da área e dos
pontos amostrais apresentados na Figura 1, descritos a seguir:
Figura 1. Mapa de localização da microbacia
estudada do Ribeirão do Gama no Distrito Federal e
dos cinco pontos amostrais
- Ponto 1 - Cultivo de hortaliças folhosas - CH: APP da
margem esquerda do Ribeirão do Gama, no NRVB, localizado
nas coordenadas UTM (Fuso 23 S) 186.911 m e 8.238.705 m,
com cultivo de hortaliças folhosas sob sistema intensivo de
manejo, desde 1980. O solo amostrado foi classificado como
um Organossolo Fólico Fíbrico típico, de classe textural francoargilo-siltosa,
de acordo com SiBCS (EMBRAPA, 2006);
- Ponto 2 - Cultivo de eucalipto (Eucalyptus spp.) - CE: APP
da margem esquerda do Ribeirão do Gama, no NRVB, situado
nas coordenadas UTM (Fuso 23 S) 186.533 m e 8.238.066 m,
com eucalipto sob sistema de cultivo perene, desde 1990, sob
Organossolo Fólico Fíbrico típico, de classe textural franca, de
acordo com SiBCS (EMBRAPA, 2006);
- Ponto 3 - Cultivo de mandioca (Manihot esculenta
Crantz) - CM: APP da margem esquerda do Ribeirão do
Qualidade de Organossolo sob diferentes usos antrópicos em áreas de preservação permanente no Distrito Federal 35
R. Bras. Eng. Agríc. Ambiental, v.17, n.1, p.33–39, 2013.
Gama, no NRVB, nas coordenadas UTM (Fuso 23 S) 186.238
m e 8.237.082 m, com plantio de mandioca sob sistema semiintensivo
de manejo, desde 1980, em Organossolo Fólico
Fíbrico típico, de classe textural franco-argilo-siltosa de acordo
com SiBCS (EMBRAPA, 2006);
- Ponto 4 – Pastagem nativa - PN: APP da margem direita
do Ribeirão do Gama, na Fazenda Água Limpa da Universidade
de Brasília – FAL/UnB, localizado nas coordenadas UTM
(Fuso 23 S) 185.722 e 8.235.856 m, em que a pastagem nativa
não apresenta tratos culturais, utilizada na estação seca para
o pastejo de bovinos e equinos, com densidade de ocupação
menor que 2 animais ha-1. O solo é constituído por Organossolo
Fólico Fíbrico típico, de classe textural franco-siltosa, de acordo
com SiBCS (EMBRAPA, 2006);
- Ponto 5 – Mata de galeria - MG: APP da margem direita
do Ribeirão do Gama, na FAL/UnB, disposto nas coordenadas
UTM (Fuso 23 S) 186.589 e 8.238.179 m, sendo caracterizada
por uma área preservada de mata de galeria, desenvolvida em
Organossolo Fólico Fíbrico típico, de classe textural francosiltosa
a argilo-siltosa, de acordo com SiBCS (EMBRAPA,
2006).
Todas as áreas de estudo se localizam na faixa da APP, entre
10 e 25 m das margens do Ribeirão do Gama. Em cada ponto
amostral foram coletadas amostras de solo nas profundidades
de 0-10 e 10-20 cm. As amostras normais foram constituídas
por amostras compostas por 5 repetições dispostas em um raio
de 10 m, para as duas profundidades avaliadas. As amostras
indeformadas foram coletadas por meio de amostrador tipo
UHLAND, com uso de cilindros de 100 cm³, com três repetições
para cada profundidade estudada.
Os indicadores de qualidade do solo selecionados para o
estudo foram densidade do solo (Ds) e estabilidade de agregados
(EA); entre os físicos; capacidade de troca catiônica (CTC),
matéria orgânica do solo (MO), entre os químicos; carbono da
biomassa microbiana (CBMS), carbono orgânico (Corg), quociente
microbiano (qMIC), nitrogênio da biomassa microbiana
(NBMS), nitrogênio total (Nt), respiração basal (Rb) e quociente
metabólico (qCO2
) entre os indicadores biológicos.
A análise laboratorial da densidade do solo (Ds), estabilidade
de agregados (EA) e da CTC, foram obtidos segundo
metodologias propostas em EMBRAPA (1997).
A matéria orgânica do solo (MO), o carbono orgânico (Corg)
e o Nt do solo foram quantificados segundo EMBRAPA (1997).
O CBMS foi avaliado pelo método da fumigação/extração, de
acordo com a metodologia proposta por Vance et al. (1987)
e o quociente microbiano (qMIC) foi calculado pela relação
entre o CBMS e o Corg. Para a determinação do NBMS utilizou-se o
método proposto por Brookes et al. (1985) e a relação NBMS:Nt
foi calculada pela razão entre o NBMS e o Nt. A respiração
basal (Rb) foi calculada pela quantidade de C-CO2
liberado
nas amostras de solo utilizando-se a metodologia proposta por
Alef & Nannipieri (1995) e o quociente metabólico (qCO2)
foi calculado pela razão entre a Rb e o CBMS. As análises
estatísticas foram realizadas por meio do software estatístico
Sisvar, versão 4.6 (Ferreira, 2003) que constituíram de análise
de variância (ANOVA) em relação aos 5 tratamentos (CH,
CE, CM, PN e MG), 2 profundidades (0-10 e 10-20 cm) e
3 repetições, além da interação tratamento*profundidade,
seguida pelo teste de média de Tukey a 5% de probabilidade.
Quando a ANOVA não foi considerada significativa em relação
à interação tratamento*profundidade, o teste t foi realizado a
partir das médias dos atributos avaliados em cada uma das
áreas amostrais.
Resultados e discussão
A Tabela 1 apresenta os resultados obtidos para densidade
do solo e estabilidade de agregados dos cinco tratamentos
avaliados. A densidade do solo da área de pastagem nativa (PN)
apresentou o maior valor nas duas profundidades amostradas
(1,68 g cm-3); já o solo da área com cultivo de eucalipto (CE)
mostrou a menor Ds nas duas profundidades estudadas.
Tabela 1. Densidade do solo e estabilidade dos agregados
dos solos avaliados em áreas de preservação permanente
(APP) da microbacia estudada do Ribeirão do Gama
Médias seguidas pela mesma letra maiúscula nas linhas e minúscula nas colunas, não diferem entre
si pelo teste t a 0,05 de probabilidade
Segundo Letey (1985) solos que apresentam Ds ao redor de
1,3 g cm-3 podem ser considerados ideais para o crescimento da
maioria das culturas uma vez não restringem o desenvolvimento
radicular. Solos com teor muito alto de matéria orgânica (MO)
como é o caso dos solos estudados, Organossolos, são passíveis
de apresentar densidades menores que 1 g cm-3.
Os sistemas de PN e mata de galeria (MG) apresentaram
valores superiores a 1,2 g cm-3. Como a área é ocupada com
pastoreio de bovinos durante a seca, o pisoteio associado à
textura silto-argilosa, predominante, além da estrutura frágil
desses solos, pode ser um dos fatores relacionados ao aumento
da Ds. Os pontos avaliados se encontram dentro da APP do
Ribeirão do Gama, cuja água é utilizada para dessedentação dos
animais durante o pastoreio, além de oferecer proteção contra
o calor nas horas mais quentes do dia.
Assim, apenas o sistema PN, com Ds de 1,68 g cm-3,
apresentou a qualidade física do solo comprometida em relação
à Ds. O sistema MG e o cultivo de mandioca apresentaram
valores próximos a 1,2 g cm-3, o que determina maior atenção
para as atividades de pastoreio de bovinos desenvolvidas sobre a
área com mata de galeria além de condições de manejo adotadas
na área com CM, podendo evoluir com a compactação dos solos.
Segundo Araújo et al. (2007) a Ds diminui com o incremento
do teor de MO e tende a aumentar com a profundidade, sendo
36 Luciano N. de A. e Moura et al.
R. Bras. Eng. Agríc. Ambiental, v.17, n.1, p.33–39, 2013.
influenciada por uma infinidade de fatores associados à diminuição
do teor de MO, tais como menor agregação, maior compactação
e diminuição da porosidade do solo, entre outros. Tal fato não
foi significativo nos Organossolos das cinco áreas estudadas
com usos diversificados, cuja distribuição de MO ao longo das
profundidades avaliadas, foi considerada semelhante (Tabela 2).
matéria orgânica do solo) estão dispostos na Tabela 2. A CTC
apresentou valores semelhantes em todos os sistemas avaliados,
com valor médio entre 16,52 na área sob eucalipto e 21,75
cmolc
dm-3 na área sob mandioca. A CTC de Organossolos nas
camadas superficiais do solo, pode variar de 22,8 a 68,8 cmolc
dm-3 entre 0-10 cm, a 39,7 a 120,1 cmolc
dm-3 entre 10-20 cm e
esta variação pode ser devida à drenagem e à altitude das áreas
sob estudo (Silva et al., 2009).
Segundo Moreira & Siqueira (2006) em áreas cultivadas a
CTC pode ser alterada nas camadas superficiais do solo pelo
efeito da calagem utilizada na correção do solo, além da adição
de restos culturais; já em áreas preservadas a CTC é influenciada
pelo teor de MO.
Os solos avaliados, Organossolos Fólicos fíbricos, são
solos geneticamente enriquecidos em MO mas se sabe que o
manejo do solo pode alterar os teores de MO no solo (Perez
et al., 2004). A análise estatística dos resultados obtidos para
os teores de matéria orgânica (MO) apresentou interação
significativa entre os tratamentos e as profundidades avaliadas.
As áreas sob CH, CE e CM apresentaram os menores valores
nas duas profundidades avaliadas e a área sob PN sinalizou os
maiores valores, de 261,7 e 264,3 g kg-1,respectivamente, para
as profundidades estudadas, enquanto os solos sob mata de
galeria apresentaram valores intermediários de 205,0 e 150,0
g kg-1, respectivamente, nas profundidades de 0-10 e 10-20
cm (Tabela 2).
O solo sob MG foi o único sistema que apresentou diferença
estatística significativa dos valores de MO nos solos nas duas
profundidades avaliadas, havendo redução no teor de MO
com o aumento da profundidade de 55,0 g kg-1. Nos demais
tratamentos os valores de MO permaneceram semelhantes nas
duas profundidades avaliadas. A elevada taxa de deposição
de MO na camada superficial dos solos sob MG e a lenta
decomposição pode justificar este comportamento.
Os valores mais altos obtidos de MO foram na pastagem
nativa e mata de galeria, que constituem sistemas conservadores
de MO. Em solos sob vegetação natural, tal como na PN e MG,
a preservação de MO tende a ser elevada pois o revolvimento
do solo é mínimo sendo o aporte de carbono nas matas mais
elevado do que em áreas cultivadas (Perez et al., 2004).
Já em áreas cultivadas, que é o caso dos tratamentos CH,
CE e CM, os teores de MO diminuem em relação aos valores
obtidos na PN e MG já que as frações orgânicas são mais
expostas ao ataque de micro-organismos em função do maior
revolvimento e desestruturação do solo. As taxas de perda de
MO são afetadas, sobremaneira, pela drenagem e preparo do
solo, especialmente pela intensidade do revolvimento, que
influencia a temperatura, umidade, aeração do solo, o grau de
fracionamento e incorporação dos resíduos culturais (Moreira
& Siqueira, 2006).
Em um trabalho avaliando Organossolos de diferentes
regiões do Brasil, Ebeling et al. (2011) obtiveram valores de
MO variando entre 116,66 e 745,83 g kg-1, no qual os autores
atribuem esta variabilidade às condições ambientais dos locais
de amostragem, além da heterogeneidade das camadas de
depósitos orgânicos, o que reflete nas variações da cobertura
vegetal, umidade e outros fatores relacionados.
Tabela 2. Capacidade de troca catiônica e matéria orgânica
dos solos avaliados em áreas de preservação permanente
(APP) da microbacia estudada do Ribeirão do Gama
Médias seguidas pela mesma letra maiúscula nas linhas e minúscula nas colunas não diferem entre
si pelo teste t a 0,05 de probabilidade
Valladares (2008) encontrou, analisando Organossolos
da Bahia, BA, correlação negativa entre a Ds e a MO, o que
pode ser explicado pela baixa densidade da matéria orgânica
em relação à fração mineral do solo; já Bertol et al. (2006)
constataram o aumento da densidade do solo quando a
preparação do solo adota uso de máquinas e elevada carga
animal, o que foi verificado nas PN, MG e CM.
Assim, com relação ao indicador Ds os solos das áreas sob
cultivo de hortaliças e eucalipto se encontram em condições
de sustentabilidade. A diferença verificada entre os solos das
duas áreas ocupadas por agricultura, com cultivo de mandioca
e de hortaliças, está relacionado, provavelmente, ao manejo e
ao uso mais intensivo da área com CM.
Em todos os tratamentos avaliados o DMP dos agregados
dos solos diminuiu com a profundidade (Tabela 1) e foi
semelhante em todas as cinco áreas estudadas, com exceção da
área sob PN, que apresentou o menor valor de DMP, de 2,47
mm. Este comportamento também pode estar relacionado ao
pisoteio dos animais, à textura desse solo e ao alto valor de Ds
constatado na PN. Os valores obtidos para a DMP dos agregados
dos Organossolos estudados são considerados altos quando
comparado a outros solos, uma vez que a MO é considerada por
muitos pesquisadores como o principal agente de estabilização
de agregados (Gang et al., 1998).
Para Moreira & Siqueira (2006) uma boa estrutura para
o desenvolvimento vegetal e a sustentabilidade ambiental,
depende da presença de agregados estáveis com diâmetro
maior que 1 mm, o que permite considerar que os solos
dos tratamentos avaliados se encontram em condições de
sutentabilidade ambiental em relação ao atributo estabilidade
de agregados dos solos.
Os resultados obtidos para os indicadores químicos de
qualidade do solo avaliados (capacidade de troca catiônica e
Qualidade de Organossolo sob diferentes usos antrópicos em áreas de preservação permanente no Distrito Federal 37
R. Bras. Eng. Agríc. Ambiental, v.17, n.1, p.33–39, 2013.
A biomassa microbiana é a fração viva da MO e é afetada
diretamente por fatores ambientais, como o manejo do solo
(Perez et al., 2004) e a fertilização (Coser et al., 2007), sendo
bastante sensível às alterações que ocorrem no manejo (Cardoso
et al., 2009)
Os resultados obtidos para os atributos biológicos de
qualidade do solo avaliados se encontram na Tabela 3. Em
relação ao carbono da biomassa microbiana o maior valor de
CBMS foi verificado nas áreas sob PN, obtendo 910,14 mg C
kg-1 e 733,2 mg C kg-1, respectivamente, nas profundidades de
0-10 e 10-20 cm, com diferença significativa em relação aos
valores obtidos para os solos analisados dos demais tratamentos.
Os menores valores foram encontrados nas áreas sob CH, CE
e MG, com valores médios das profundidades estudadas de
157,78; 186,06; 158,08 mg C kg-1, respectivamente. O cultivo
de mandioca apresentou um valor intermediário em relação
aos demais, com valor médio nas profundidades avaliadas, de
314,70 mg C kg-1 .
O valor mais alto de CBMS foi verificado na pastagem nativa.
Alguns autores também observaram altos valores de CBMS em
áreas sob pastagem, tal como Araújo et al. (2007) que constaram
valor de CBMS dos Latossolos estudados na área de pastagem
semelhantes aos dos Latossolos avaliados sob Cerrado Nativo
atribuindo os resultados obtidos ao intenso desenvolvimento
do sistema radicular das gramíneas forrageiras, o que favorece
a atividade biológica do solo. Carneiro et al. (2009) concordam
que o sistema radicular das gramíneas promove a atividade
biológica nos solos, uma vez que permite maior entrada de
carbono no solo.
Silva et al. (2009) também obtiveram, trabalhando em áreas
não antropizadas, maiores valores de CBMS em áreas de cerrado
sob Organossolos, entre 185,8 a 294,9 e 429,8 a 551,6 mg C
kg-1, nas profundidades de 0-10 e 10-20 cm, respectivamente,
e atribuíram esses resultados aos elevados teores de MO e à
má drenagem do solo, que dificulta a decomposição vegetal.
Os maiores valores para a respiração basal (Rb) foram
encontrados nos solos sob PN e CM (Tabela 3) nas duas
profundidades estudadas (250,76 e 260,60 mg de C-CO2
kg-1
de solo d-1 e 256,63 e 184,32 mg de C-CO2
kg-1 de solo d-1 ,
respectivamente) que apresentaram valores semelhantes na
profundidade de 0-10 cm. Os menores valores de Rb foram
verificados nos solos sob CE e CH (91,45 e 88,44 mg de
C-CO2
kg-1 de solo d-1 e 98,28 e 91,72 mg de C-CO2
kg-1 de
solo d-1, respectivamente nas profundidades de 0-10 e 10-20
cm) apresentando-se semelhantes em ambas as profundidades
avaliadas.
A Rb do solo da mata de galeria apresentou valores
intermediários nas duas profundidades estudadas em relação
aos demais (156,73 e 142,49 72 mg de C-CO2
kg-1 de solo d-1,
respectivamente para as profundidades de 0-10 e 10-20 cm).
Os menores teores de Rb observados nos solos sob CE e
CH nas duas profundidades, podem ser explicados pela menor
atividade da microbiota em sistemas cultivados visto que
promovem o revolvimento e a maior exposição do solo. O
manejo não conservacionista adotado nesses solos pode reduzir
a quantidade de micro-organismos no solo e, consequentemente,
a Rb dos solos, uma vez que a Rb representa a oxidação da MO
por organismos aeróbios do solo que utilizam o O2
como aceptor
final de elétrons passível de ser avaliada tanto pelo consumo
de O2
como pela produção de CO2
(Moreira & Siqueira, 2006).
Os dados de Rb obtidos no presente trabalho são, em geral,
superiores aos apresentados por Silva et al. (2009) em áreas
preservadas sob Organossolos, com valores entre 27,69 e 61,43
mg de C-CO2
kg-1 de solo d-1.
Observou-se correspondência entre os valores obtidos de
carbono da biomassa microbiana com os resultados encontrados
para a respiração basal do solo, destacando-se os solos sob PN,
CH e CE.
Uma respiração basal maior do solo, geralmente é resultado
de maior atividade biológica e está associada à matéria orgânica
lábil, principalmente do consumo de carbono oxidável para a
manutenção da população microbiana indicando, a curto prazo,
maior liberação de nutrientes às plantas e, a longo prazo, perda
de carbono do solo para a atmosfera (Follet & Schimel, 1989).
Conforme os resultados obtidos para nitrogênio da biomassa
microbiana (NBMS) dos solos estudados (Tabela 3) o maior
valor foi constatado no solo sob PN, com valor médio nas
profundidades avaliadas de 90,43 mg de N kg-1. O maior valor
de NBMS em áreas sob pastagem pode ser devido à excreção dos
animais na área (Garcia & Nahas, 2007). Os menores valores Médias seguidas pela mesma letra maiúscula nas linhas e minúscula nas colunas, não diferem entre
si pelo teste de Tukey a 0,05 de probabilidade
Tabela 3. Atributos biológicos dos solos avaliados em
áreas de preservação permanente (APP) da microbacia
estudada do Ribeirão do Gama
38 Luciano N. de A. e Moura et al.
R. Bras. Eng. Agríc. Ambiental, v.17, n.1, p.33–39, 2013.
foram observados no solo sob CH (valor médio de 20,03 mg
de N kg-1 de solo nas profundidades de 0-10 e 10-20 cm)
considerados semelhantes aos valores obtidos nos solos sob CE
e MG. O solo sob CM apresentou valor de NBMS semelhante ao
CE. Assim, os sistemas cultivados (CH, CE e CM) apresentaram
os menores valores de NBMS uma vez que, provavelmente, o
revolvimento do solo utilizado no manejo, particularmente da
CH e CM, estimula o desenvolvimento de micro-organismos
e os processos oxidativos do solo (Breland & Eltun, 1999).
Os valores de NBMS foram menores na camada de 10-20
nos solos dos tratamentos estudados, com exceção de MG.
Os maiores valores de NBMS nas camadas superficiais estão
de acordo com os resultados obtidos por Coser et al. (2007)
e Perez et al. (2004) que verificaram diminuição dos valores
da NBMS com o aumento da profundidade. A transformação do
nitrogênio orgânico encontrado nos horizontes superficiais, em
determinado período, é influenciada pelos fatores que controlam
o crescimento e atividade microbiana no solo, como a natureza
dos resíduos, a temperatura, o pH, umidade e a aeração (Dao,
1998).
Em relação às profundidades avaliadas, os valores
de nitrogênio total (Nt) variaram conforme os resultados
apresentados na Tabela 3. O maior valor de Nt foi observado
no solo estudado do tratamento MG (4,95 e 5,29 g kg-1 nas
profundidades de 0-10 e 10 -20 cm, respectivamente) que
apresentou diferença significativa em relação aos resultados de
Nt dos solos dos tratamentos CH, CE e PN que, por sua vez,
apresentaram os valores mais baixos de Nt nos solos analisados
(valores médios em relação às profundidades avaliadas de 3,25,
2,46 e 3,39 g kg-1, respectivamente ). No solo sob CM o valor
obtido de Nt (valor médio de 4,28 g kg-1 nas profundidades
estudadas) foi considerado semelhante aos valores de Nt dos
solos sob CH, PN e MG.
Os valores obtidos para Nt dos solos sob os sistemas
cultivados, particularmente CM e CH, semelhantes aos valores
encontrados aos sistemas preservados (PN e MG) podem estar
relacionados à fertilização adotada nos tratamentos cultivados
uma vez que a adubação nitrogenada promove aumento nos
estoques de Nt (Weber & Mielniczuk, 2009).
O valor de Nt obtido para os solos sob PN foi considerado
baixo para sistemas considerados preservados concordando
com o trabalho de Azevedo & Sverzut (2007) ao verificarem
que o uso do solo com pastagem reduziu o teor de nitrogênio no
solo, devido à exportação de nutrientes provocada pelo pastejo.
Weber & Mielniczuk (2009) relatam que como o acúmulo de
Nt no solo ocorre lentamente, são necessários experimentos
de longa duração para a observação do impacto de práticas de
manejo sobre a disponibilidade e o acúmulo desse nutriente no
solo e em áreas não perturbadas, como na MG, em virtude do
acúmulo de restos vegetais na superfície e o preparo do solo com
aração e gradagem, que promovem aumento da mineralização
de nutrientes, dentre eles o nitrogênio (Breland & Eltun, 1999).
Os dados obtidos para o quociente metabólico (qCO2
)
dos solos estudados sob usos e ocupações diversificadas, são
apresentados na Tabela 3. O maior valor foi verificado no solo da
MG (0,98 e 1,13 mg de C-CO2
mg-1 CBMS d-1 nas profundidades
de 0-10 e 10-20 cm, respectivamente) distinto dos resultados
encontrados nos solos dos demais tratamentos. Na mata de
galeria ocorre maior incorporação de resíduos orgânicos no
solo em relação aos demais tratamentos, que aumenta o qCO2
(Ocio & Brookes, 1990). Os maiores valores de qCO2
indicam
que a população microbiana possui alto gasto de energia na sua
manutenção, mediante altas taxas de respiração (Dias Júnior
et al., 1998).
O menor valor de qCO2
foi observado no solo da PN (0,29 e
0,36 mg de C-CO2
mg de C-CO2
mg-1 CBMS d-1, nas profundidades
de 0-10 e 10-20 cm, respectivamente) considerado semelhante
em relação aos resultados de qCO2 do solo sob CE. Para Insam
& Domsch (1988) a respiração microbiana por unidade de
biomassa microbiana diminui em sistemas mais estáveis, tais
como os tratamentos PN e CE. Os resultados de qCO2
dos solos
sob CH, CE e CM não apresentaram diferenças significativas
entre si.
Conclusões
1. Os indicadores físicos de qualidade do solo mostram
acréscimo da densidade dos solos nas áreas de pastagem nativa
e mata de galeria.
2. Os teores de MO mostram altos valores nos solos das
áreas de vegetação nativa (mata de galeria e pastagem nativa).
3. Há atividade microbiana mais intensa nas áreas de
pastagem nativa, cultivo mandioca e mata de galeria e maior
biomassa microbiana na pastagem nativa.
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